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Arquitetos: Diez+Muller Arquitectos
- Área: 350 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:JAG Studio
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Fabricantes: AutoDesk, Enercity, Hi-Light Industries, Lula&Luke, Thermia Barcelona
Descrição enviada pela equipe de projeto. Contexto. Nas últimas décadas, a cidade litorânea de Bahía de Caráquez, Equador, se caracterizou como foco de crescimento e desenvolvimento do turismo e lazer. Infelizmente, o forte terremoto ocorrido em 2016 comprometeu vários prédios, principalmente os mais altos. Muitos deles tiveram de ser demolidos, deixando terrenos vazios e a questão de como a cidade deveria ser reconfigurada nesta zona sísmica e com solo de má qualidade.
O projeto e a cidade. O projeto vê a oportunidade de ser uma contribuição neste contexto. Acreditamos que valorizar e apostar novamente no tipo de habitação unifamiliar, construindo-a em terrenos baldios ou reabitando casas abandonadas, permitirá: 1-Facilitar a recuperação da cidade, 2-Promover a vida urbana, 3-Melhorar e humanizar as relações entre os habitantes e 4-Reduzir os danos em um futuro terremoto, pois são construções baixas.
O encargo. O cliente, que havia perdido seu apartamento, desejava voltar para passar as férias nesta cidade. Nossa comissão parte da busca e escolha do terreno. Um terreno de 300 m2 é identificado, localizado no bairro conhecido como "La Ciudadela". Este bairro foi caracterizado pela sua escala doméstica de casas unifamiliares perto do mar. O desenvolvimento de arranha-céus em frente ao perfil litorâneo o afetou, perdendo a vista para o mar e sua brisa. No entanto, e apesar desta situação, o bairro mantém atributos interessantes como localidade.
Partido arquitetônico. Por ter uma área de lote reduzida e estar rodeada de edifícios, a implantação da casa é resolvida juntando 3 lados e gerando um layout em “L” que permite: 1-Cumprimento do programa exigido, 2-Proteção visual em relação às edificações atuais e futuros crescimentos e 3-Geração de espaços abertos (pátios e jardins) para onde todos os cômodos da casa estão voltados, a fim de capturar vistas da cidade, luz e ventilação natural.
A casa é resolvida em 2 andares. O térreo abriga as áreas de manutenção, as sociais e o quarto principal que pertence à mãe/avó da família, quem viverá estadias prolongadas na casa e poderá usufruir de todos os espaços que estão integrados em um único nível.
No nível superior há 3 quartos para as filhas e suas respectivas famílias. Cada quarto é projetado para acomodar uma família completa. O volume alongado apresenta um jogo de telhados inclinados que busca enriquecer a espacialidade de cada um dos cômodos e gerar um reconhecimento físico do espaço de cada família, tanto do lado de dentro quanto do lado de fora.
Escadas, pontes e terraços geram espaços e percursos intermediários que buscam integração e fruição da casa, tanto na horizontal quanto na vertical.
Um único material com diferentes aplicações é utilizado em paredes, tetos, pisos e móveis, com a intenção de gerar uma unidade volumétrica-espacial que é enriquecida pela entrada de luz natural focada nas diferentes texturas aplicadas.